terça-feira, 7 de setembro de 2010

ERA UMA VEZ

Era uma vez um coração...
Disposto a amar...pura emoção!
Tinha quatro divisões,
Amores... quatro paixões.

Ao amor próprio cabia um breve momento,
A cada filho uma grande quantidade,
À esposa a eternidade e fidelidade,
E para o mundo, apenas o complemento.

Maldito dia em que uma parte foi extirpada!
O amor próprio quase não se recuperou,
Para os filhos, a distância se impôs com dor,
Para o mundo a indiferença imperou,
E para a ex-esposa, o cérebro virou o gestor...
História de vida totalmente errada!

O tempo cura as mais profundas feridas,
Porém as cicatrizes permanecem,
Tais como lembranças adormecidas,
Que os verdadeiros sábios esquecem.

Sou um burro teimoso! Difícil de curar...
Inesquecível e trágica experiência!
Vingança não quero... apenas consciência,
De que devo continuar, custe o que custar.

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