sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

LINHARES

Viajava eu algum dia, não me lembro quando...
E na BR 101, quilômetro 140, acabei parando...
Trabalhei, vivi e aprendi por alguns meses,
Fiz amigos, chorei e sorri algumas vezes.

Etapa estranha esta, da minha viagem,
Quão breve e surpreendente, diria fugaz,
Acabou de súbito, tal como miragem,
Escapar de sucumbir? Não fui capaz.

Irei embora, levando comigo muitas lições,
Talvez tenha errado, na dose das emoções,
Mas acertado na luta e na sinceridade,
Na prática de tentar viver, com dignidade.

Talvez um dia, por aqui, eu volte a passar,
Creio porém, que será tão breve quanto suspirar,
Uma pernoite, quem sabe, para seguir viagem,
Ou até, para os amigos deixar uma mensagem...

Ao olharem para a BR e virem o movimento,
Analisem o que está por detrás daquele tráfego insano,
São pessoas que podem agir como beato ou profano,
Mas que se aqui querem ficar e trazem família,
É porque desejam um lar, além da mobília,
E merecerão respeito, além do simples momento.

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