MEDITAÇÃO PLATÔNICA
Sonhei em te ver ali deitada,
Na relva macia, com olhos cerrados...
Esquecendo tão dura empreitada,
Sentido amores certos ou censurados.
Seu rosto terno estava relaxado e calmo...
Dos seus lábios escapava sutil sorriso,
Observava tudo à distância de um palmo,
A beleza de invejar Narciso.
O seu corpo iluminado pelo sol,
Capturava minha alma com anzol...
Seu rosto enrubescia lindo,
Mas o desejo eu estava engolindo...
Os minutos findaram e a cena cessou,
Imaginação esotérica ali se encerrou,
Os seus olhos marejados sorriram...
Mas foram os meus que abriram...
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