sábado, 21 de outubro de 2017

ASSUSTADO

Constatei realidade sombria,
Da perda de certo sabor,
De sentir o gosto quando sorria,
Da vida que não parecia favor.

Sonhar era vício desocupado,
Natural, leve e frequente,
Do subconsciente inconsequente...
Num cérebro despreocupado.

Mas hoje o sonho desapareceu,
E nem saudade permaneceu,
Não sei se é doença ou amargura,
É indiferença, mais que tortura...

O susto virou sobressalto,
Perdi a leveza num assalto,
O susto feneceu, sublimou...
E o assustado algum dia amou.

Que perda irreparável!
Que ser intolerável!
Há tempo para retroceder?
Há inteligência para reaprender?

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