Da perda de certo sabor,
De sentir o gosto quando sorria,
Da vida que não parecia favor.
Sonhar era vício desocupado,
Natural, leve e frequente,
Do subconsciente inconsequente...
Num cérebro despreocupado.
Mas hoje o sonho desapareceu,
E nem saudade permaneceu,
Não sei se é doença ou amargura,
É indiferença, mais que tortura...
O susto virou sobressalto,
Perdi a leveza num assalto,
O susto feneceu, sublimou...
E o assustado algum dia amou.
Que perda irreparável!
Que ser intolerável!
Há tempo para retroceder?
Há inteligência para reaprender?
Nenhum comentário:
Postar um comentário