sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

SOZINHO

Chego em casa todo dia,
Não sinto tristeza, nem alegria...
Apenas constato, com todo pesar,
O silêncio formal da sala de estar.

É estranho, mas estou habituado,
A conversar com meus pensamentos,
Questionando meus sentimentos...
É apenas um hábito adquirido,
Depois do trauma sofrido,
Para o qual não estava preparado.

É uma pena! Mas deixei de sonhar...
A vida, agora, é só planejar.
Com furor, semeio o presente,
E simplesmente finjo estar contente.

E no futuro? O que me espera?
Algo mais que o dia após dia?
Sepultei sonhos e desejos... pura quimera!
Não sei responder... o que de errado havia?

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