segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

JUSTIÇA

Dizem que ela é cega, implacável...
Impõe-se a todos? Questionável...
Ao contrário, mostra-se falível,
Oscilante, incoerente e sofrível.

Lógica e valores traiçoeiros,
Unem os ditos espertos, em sociedade...
Que descansam nos travesseiros,
Certos da saborosa impunidade.

Haverá algo transcendental?
Ou a consciência é fundamental?
Por que adianta, na ética, insistir?
Não entendo o que veio... e o que há de vir?

Devo ser um completo idiota e obtuso,
Ao ficar cada dia mais confuso,
Vendo os trapaceiros ficarem bem,
E os corretos sofrerem como ninguém.

Será este o final dos tempos?
Ou exagero nos meus lamentos?
Rogo a Deus ser mais claro em sua mensagem...
Pois às vezes, a Justiça parece uma miragem.

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