Não foram poucas as que a vida me aprontou,
Horas de angústia e muito sofrimento,
Dizem ser o doloroso amadurecimento...
A dor eu suportei e a força se revigorou.
Nossas personalidades fortes e imaturas,
Chegaram a querer suplantar nosso amor,
Quando o orgulho transbordou com vigor,
Separou-nos fisicamente: viramos caricaturas.
Inútil distância que não apagou recordações.
Lutamos em vão, contra nossos profundos sentimentos,
Queríamos esquecer, mas... teimosos corações!
E nossas mentes? Envenenavam-nos com ressentimentos...
Muitos anos passaram-se, letargicamente!
E parece que a misericórdia Divina nos iluminou,
Como um passe de mágica o acaso nos aproximou,
E o nosso amor despertou imediatamente!
E as personalidades continuam imponentes?
Certamente fortes, mas não prepotentes...
Humildes ao admitir a grandeza do nosso amor,
Sabedoras que nada suplantará tamanho esplendor.
Querida, hoje eu sei que saberemos honrar,
A rara oportunidade que merecemos desfrutar,
Vivenciar um amor verdadeiro e profundo,
Uma jóia rara de garimpar neste mundo.
Sejamos humildes e gratos, simplesmente...
Mais do que achar que nosso amor é ou deve ser infinito,
Devemos expurgar o que pensamos um dia, ser um mito:
Que fomos e seremos um do outro eternamente.
Mesmo que eu não saiba como isto acontece,
Creio que Deus ouviu-me nas noites de prece:
É delicioso te amar e sentir-me garoto outra vez,
Ser feliz ao seu lado... e não temendo o talvez.
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