sexta-feira, 26 de outubro de 2018

MÁQUINA DO TEMPO

Os muros são ainda multicores,
Os gritos continuam alegres,
As brincadeiras dispensam rigores,
As tardes no futuro serão breves...

Mais de década e meia se passou,
E hoje sem cerimônia sequer,
Na calçada de uma creche qualquer,
A mente, uma fenda do tempo acessou...

Na algazarra a voz soava peculiar,
Caio e Gabriel num ambiente familiar...
Testando seus limites entre muros,
Preparando-se para desafios mais duros.

A sonoridade conhecida fez-se presente,
A alegria do encontro com o pai renasceu...
Sexta-feira é um dia diferente,
Prenúncio de dias num mundo só seu.

Agora voltei ao espaço-tempo usual,
Acessado pela quântica opção frugal,
Minha alma superou outros infernos,
Aqueles gritos e sorrisos são eternos.

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