domingo, 3 de setembro de 2017

MADRUGADA

Madrugada gelada e silenciosa,
Insistente na vida perniciosa...
Madrugada introspectiva e solitária,
Alimenta-se na mente totalitária.

Madrugada longa e insistente,
Continua firme e persistente,
Num ritmo constante e vagaroso,
Qual punhal pungente e doloroso.

Madrugada infalível e irritante,
Convive com o meu ser mutante...
Camufla a sombra e a claridade,
Só não disfarça a realidade.

Madrugada finita e fugidia,
Foge da neurose e não remedia...
Madrugada se foi e não sentencia,
Mas amanhã ela chega e reinicia.

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