Janela bonita de vidro temperado,
Tempera a vida do ser acorrentado,
Outrora liberto e hoje recatado,
Que se agarra no futuro, desesperado...
Janela modesta de madeira pintada,
Na qual eu viajo para longe de tudo,
Eu falo muito apesar de ficar mudo,
E enterro o sonho da vida requintada...
Janela ampla atalho para a vida,
Que insiste em brilhar, apesar de mim,
Que tento adivinhar o princípio e o fim,
Pretensão
imatura e bem atrevida...
Janela que ameniza toda prisão,
Que traz o sol e as gotas de chuva,
O travo do caju e o sabor da uva,
Só não cura sua falta de visão...
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