sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

TEATRO DA VIDA

Ainda estou definindo meu personagem,
Visto que às vezes distorço a imagem,
Em reações que não estão no roteiro,
Falhas amadoras de um aventureiro.

Aprendi que os aplausos são enganosos,
E quase sempre um tanto quanto danosos,
Pois se sinceros, podem atiçar a vaidade,
E quando falsos, revestem-se da maldade.

Sendo assim, não posso cobrar ingresso,
Caravana mambembe é o que me resta,
E sobrevivência é o motivo real da festa,
Sabendo que o tempo não tem regresso.

Sei que meu papel é sincero e mutante,
Mas a platéia condena este quê debutante,
Por isso peço apenas uma coisa, sem lamentar,
Reconheçam um fato: nunca deixei de tentar.

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