quinta-feira, 26 de maio de 2016

SEM FAMÍLIA

Não há pai se não existe família,
Não há referência a ser consultada,
Segue-se agora solitária empreitada,
Em qualquer ambiente sem mobília.

O sonho outrora projetado se esvaiu,
E a doença do fracasso tão infecciosa,
Resistindo a uma análise não facciosa,
Continua presença crônica... nunca saiu.

As vozes que me chamavam, emudeceram,
Embora em mim, continuem ecoando forte,
Os sonhos antes idealizados, feneceram...
E a agulha da bússola perdeu o norte.

A jornada agora é muito individual,
Embora companhias possam surgir,
Enganando a tristeza de forma gradual,
A solidão monstruosa insiste em rugir.

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