segunda-feira, 8 de abril de 2013

AREIA DA PRAIA

Sentado na areia, só escuto suaves ondas...
Vozes na mente são fantasmas em rondas,
Meus pés estão úmidos e enterrados,
Hora de libertar os medos soterrados.

A lua no firmamento ilumina tudo,
Não profiro som, é melhor ficar mudo,
Tento extrair do mar alguma resposta,
Ele me diz que ainda sou boa aposta.

A bruma úmida da maresia me envolve,
Por um momento não penso em nada,
Depois, lembro da confiança profanada,
De tudo que perdi e ninguém devolve.

Mas existe algo que resta forte e belo,
Convicção residual para qual apelo,
Que enquanto estou vivo, consciente e alerta,
O amor vai residir e qualquer hora desperta.

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