segunda-feira, 18 de março de 2013

DICOTOMIA

Quando amamos de fato, libertamos,
Independência mútua que festejamos,
Sentimento único, nobre, inigualável,
Se aprisionasse não seria palatável...

Mas confesso uma dicotomia imatura,
Sinto falta de alguém que me chame,
Aquele zelo de alguém que me ame,
É quando a solidão cobra a fatura...

Não falo em interdependência pura,
Mas de uma cumplicidade protetora,
Do amor que liberta e também cura,
O isolamento de uma alma sofredora.

Por outro lado, há uma compensação,
Na constatação que não precisam de nós,
A alegria da certeza e não sensação...
Nossos amados são felizes e não estão sós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário