segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

NA MURETA DA URCA

O sol ainda está acima do Redentor,
Lágrimas quase vertem, não pela luz,
Às vezes temos que lidar com a dor,
Pois apesar de difícil, a vida seduz.

Viraram antolhos, os óculos escuros,
Tenho que vencer obstáculos duros,
Os barcos oscilam preguiçosamente,
Os bondinhos passam graciosamente.

A brisa sopra morna e constante,
O avião subiu rápido, num instante,
As casas são harmoniosas e antigas,
Tais como notas, em suaves cantigas.

A maresia chega com o anoitecer,
E sonho com o que vai acontecer,
Vejo você virando a esquina e gracejo,
Pena ser fantasia, tão intenso desejo.

Com a lua e você, namoro na Urca,
Embora sozinho, sem consentimento,
Mas há o mistério sob fictícia burca,
Quero conhecer o seu pensamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário