segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

MERCADORES DA FÉ

Travestidos de sábios profetas do apocalipse,
Transformam em Juízo Final um simples eclipse,
Aproveitando-se da ignorante inocência,
Enchem os bolsos sem dor de consciência.

Pastores de um rebanho sedento de milagres,
Que confundem vinhos finos com vinagres...
Lucram, vendendo falaciosas e covardes esperanças,
De viver miséria hoje, para merecer futuras bonanças.

Receita garantida e farta, sem falha ou interrupção,
O dízimo pouco serve à causa, mas muito à corrupção.
Pujante indústria, alimentada por alheia ignorância,
Busca perpetuidade, lavando cérebros, desde a infância.

Tenho esperanças que algum dia, algo mude,
Que o desprezo atingirá aquele que ilude,
Que o castigo chegará ao pastor da Bíblia sublinhada,
E que todos definirão o rumo da própria caminhada.

Não importa o templo... Nós somos a igreja !
Seja ela qual for, seremos irmãos por convicção...
Não teremos problemas de idioma ou dicção,
E o pastor será aquele que acolhe e não apedreja,
E terá nos ensinado a nunca ficarmos sós,
Porque neste dia, Deus estará em nós...

Para hoje e sempre ...

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