segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

HOMEM SEM CORAÇÃO

As decepções foram muitas,
Quase infinitas, impiedosas e cruéis.
Alegrias tornaram-se breves, fortuitas,
Como versos rimados em cordéis.

O sorriso tornou-se raro,
O humor ficou amaro,
Aquela nuvem carregada e cinza,
Virou irmã gêmea do sol ranzinza.

Crianças, para ele, perderam o encanto...
Otimismo e esperança perderam-se nos sonhos!
Palavras incompreensíveis, como esperanto,
Traduzidas com o desleixo de erros enfadonhos.

Existe homem sem coração?
O marca-passo e a válvula, ao músculo ajudam...
Mas, e o transplante da emoção?
Para nós, insensíveis, ainda que temporários,
Cabe-nos encurtar estes estúpidos horários...
E rogar aos anjos que nos acudam!

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